22 de fev. de 2009

PESSOAS e FAMÍLIAS


2° Tópico da Série - Realidades de Moçambique

Olá olá... na postagem anterior sobre as realidades de Moçambique, mostrei a vocês um pouco sobre valores de alimentação; agora, iremos olhar mais de perto o povo e as famílias moçambicanas e entender um pouco mais sobre como são algumas coisas por aqui.
Vamos?

Certa vez um missionário me disse – Itamar, prepare-se, pois você vai ficar apaixonado pela África e, cuidado para não esquecer seu coração aqui quando tiver de ir embora. – Aquele missionário tinha razão, é bem fácil se apaixonar pela África.
Moçambique é um bom lugar, lugar de pessoas sorridentes, alegres e de muitos sonhos. Um povo que gosta de brasileiros e sempre se entusiasmam quando falamos a respeito de nossa terra. Um povo que cativa pela sua maneira de ser.

Criança é o que não falta por aqui. Por qualquer lugar que vá, poderá encontrar meninos e meninas com um sorriso estampado no rosto e correndo pra lá e pra cá em busca de atenção ou de um simples “Alô... Tatá”.

Moçambique é também um país de jovens, pois entre seus 21,3 milhões de habitantes, 44,5% de sua população têm de 0 a 14 anos. No Brasil, por exemplo, apenas 24,9% da população estão dentro dessa faixa etária.

As famílias normalmente são grandes, e é bastante comum encontrar pais, filhos, irmãos, tios e sobrinhos vivendo sob o mesmo teto. É comum as vezes os avós criarem os netos, assim como os irmãos mais velhos se tornarem os responsáveis pelos mais novos assim que seus pais falecerem.

A liderança no lar é exercida pelo homem/pai ou o filho mais velho (em algumas regiões, é a mulher que tem voz ativa). A poligamia é comum e praticada. Há homens que possuem 3 esposas e consequentemente 3 famílias. O sustento dessas famílias depende muito da situação financeira do marido, que por muitas vezes não consegue assistir de forma adequada todos os filhos ou esposas que possui. Essas esposas por sua vez, precisam buscar meios de subsistência através do plantio de alimentos ou de comércio informal.

Uma outra observação interessante é que, não é raro encontrar famílias com filhos gerados em relacionamentos anteriores dos pais. Em áreas consideradas “rurais”, a mulher parece definir melhor seu papel e se firmar diante a sociedade quando tem um filho. Também nessas áreas o papel do marido, por vezes, é visto apenas como aquele que pode amparar e cuidar da mulher, o que faz a poligamia ser aceita por eles.

Bom, creio que vou ficando por aqui para não lhe cansar muito meu amigo(a)...
Peço que continue em oração comigo, para que as famílias moçambicanas sejam estruturadas no temor do Senhor, estruturadas de forma a gerarem cada vez mais cidadãos honestos, dignos e competentes...

Grande abraço, e novamente Kanimambo!
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